Bacharel em Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira; Língua e Literatura Francesa; Língua e Literatura Latina pela FFLCH-USP. Licenciatura Plena em Língua e Literatura Portuguesa, Brasileira e Francesa, pela Faculdade de Educação da USP, pós-graduada em Ação Cultural - Artes, Política e Economia; Políticas Culturais, Prática Cultural e Centros de Cultura, pela ECA- USP. Foi conselheira de literatura e diretora cultural da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos, assessora de literatura do Departamento de Cultura de Diadema, fundadora do Grupo Palavreiros e membro do Coletivo de Cultura do ABC e da Cátedra Celso Daniel de Gestão de Cidades. É membro titular do Conselho Municipal de Cultura de Santo André. Recebeu diversos prêmios e menções, entre eles o Prêmio Alice Leonardos, da Academia Brasileira de Letras, pela idealização da Antologia de Dramaturgia Vladimir Maiakovski, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (1996). É autora de diversos livros de poesia e contos, entre eles Ciranda dos tempos – espaços do desejo (2a edição/Escrituras Editora) e Visões do medo (Escrituras Editora) projeto beneficiado pela Lei de Incentivos Fiscais à Cultura de São José dos Campos, incentivado pela Kodak do Brasil e com apresentação de Teixeira Coelho. Em 2003, recebeu a bolsa de especialização profissional Politiques de la Culture et leur Administration, do Programme Courants du Monde, promovido pela Aliança Francesa e pelo Ministério das Relações Internacionais da França.
não o que morre rebuscado
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La Chute
o tempo enorme
nos couloirs da cidade
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para brecht e che
Flor da idade
beliscar deus
devia ser o mais recôndito sonho
daquele que morre
não o que morre rebuscado
mas o que morre de susto
morre de vez
borrifando o mofo de ser deus
com círios
de húmus solares
ele
ele
por certo assim se mostraria
em sua mais simples
forma
de
ser inteiro
meio
e
talvez
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La Chute
o tempo enorme
siamês do vácuo
é lado da moeda eclipsada
e o outro vômito de lodo
nos couloirs da cidade
fogos sem artifício
e um ombro direito resvala
um impressionista qualquer
risonho esbraveja seu nome e arde
anjo notívago e mocho
se embriaga nos ombros
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para brecht e che
che
não esqueçamos machu picchu
vale a pena
o salto
bertolt
escalemos florestas negras
bebamos da pororoca
brancaleone das cordilheiras
dancemos na neve mais dura nos picos mais altos
de uma terra à vista inventada
na barca de neruda
e oremos aos pés de rilke
nos telhados de templos incas
masquemos mil folhas de coca
e com flores de rum e cerveja nos cabelos
e o ar desengoçado de quixotes
cantemos
sobre a guerra
os medos
sem dizer que nossos
sonhos e segredos
são meros milagres
contra a morte
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